Recorde é de Maria Quitéria, que em 1822 atendeu ao chamado da Junta Conciliadora de Defesa e lutou pela independência do Brasil
Maria Quitéria lutou pela independência do Brasil - Imagem: divulgação Museu Paulista
Nesta situação de instabilidade política, a necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, que era sediada na cidade de Cachoeira – BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses.Apesar de ser mulher, Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade. Contrariada pelo pai, fugiu de casa com o uniforme de um cunhado. Inicialmente, ela atuou disfarçada de homem, no Corpo de Artilharia e depois, no de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros.
No final de 1822, já revelada sua identidade feminina, ela se incorporou ao Batalhão dos Voluntários de D. Pedro I, tornando-se oficialmente a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar do Brasil. De armas na mão e muita habilidade, participou de vários combates, passando a ser referência do heroísmo da mulher brasileira.
Reconhecimento
Com o término do conflito na Bahia, Maria Quitéria embarcou para o Rio de Janeiro e em 20 de agosto de 1823 foi recebida em audiência especial por D. Pedro I. O então imperador concedeu à baiana a retribuição de ‘Alferes de Linha’ e a condecoração de ‘Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro’, em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutou contra os inimigos da Pátria.A heroína faleceu em 21 de agosto de 1853, em Salvador – BA. No centenário de sua morte, o governo brasileiro determinou que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do exército, o retrato de Maria Quitéria fosse inaugurado. Em 28 de junho de 1996, por decreto da Presidência da República, ela passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Fontes: Exército Brasileiro, UOL Educação e Wikipédia
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/0W1N/Primeira_Mulher_A_Integrar_Uma_Unidade_Militar_No_Pais
Redação: Fátima Pires